temporal e chuvarada

Ventania de 118 km/h registrada em Santa Maria foi uma das maiores da história

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Foto: Eduardo Ramos (Diário)

Os ventos de 118 km/h deixaram um rastro de destruição por Santa Maria. As rajadas, acompanhadas de chuva forte, foram registradas por volta de 18h de domingo, mas a chuvarada segue nesta segunda-feira. De acordo com o meteorologista Gustavo Verardo, da BaroClima, a ventania deste final de semana foi uma das maiores da história da cidade.

O recorde de maior rajada de vento é de 11 de setembro de 2002, quando chegou a 142 km/h. O segundo é de 1937, quando o vento chegou a 138 km/h e os impactos chegaram a causar oito mortos em Santa Maria. A terceira ventania mais forte é de 134 km/h, que foi registrada em duas ocasiões: 2015 e 2016. Depois disso, vêm as rajadas deste domingo, de 118 km/h. 

Na Região Oeste, moradores aproveitaram horas de tempo seco para contabilizar estragos

De acordo com Verardo, o temporal foi causado por um choque térmico: o ar frio, de uma frente fria que avança sobre o Rio Grande do Sul, se encontrou com a temperatura extremamente quente na tarde de domingo.

- Além desse choque térmico, há a atuação de um suporte do jato de baixos níveis, que é uma corrente de ventos quentes e úmidos que sopra da região amazônica e ainda está posicionado sobre o Rio Grande do Sul. Esses foram os ingredientes para a ventania - explica o meteorologista. 

O alerta para temporais na Região Central segue até a meia-noite desta segunda-feira, conforme a Defesa Civil Estadual. Depois disso, continua a previsão de chuva até quarta-feira, mas sem vendavais. Quinta e sexta deverão ser dias de tempo firme, e a instabilidade deve retornar no final de semana. 

MAIORES VENTANIAS EM SANTA MARIA

  • 142 km/h - em 2002
  • 138 km/h - em 1937
  • 134 km/h - em 2015 e 2016
  • 118 km/h - em 2022

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Foto: Tina Saldanha (Arquivo Pessoal)

COLORAÇÃO AMARELADA NO CÉU
Os tons amarelados no céu de Santa Maria, logo após as primeiras pancadas de chuva, chamaram a atenção dos moradores, que publicaram imagens nas redes sociais. Segundo o meteorologista Gustavo Verardo, a explicação para a coloração diferente está na atmosfera poluída com partículas de poeira e fuligem de queimadas.

- São diversas partículas suspensas na atmosfera, chamadas de aerossóis. Dependendo da incidência dos raios do sol, temos um espalhamento diferente, que vai refletir em uma cor diferente. Estamos com uma atmosfera poluída, com micropartículas de queimada. A chuva acabou lavando, mas restaram algumas partículas. No entardecer, devido ao ângulo do raio do sol, o céu ficou com a cor amarelada - analisa Verardo. 

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